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terça-feira, 27 de julho de 2010

FLORES - MARISA MONTE E TITÃS

Participação da Rachel no blog, comentando o vídeo abaixo:

As flores de plástico ñ morrem...".

Parece uma frase óbvia...e, ainda q ñ fosse óbvia, parece uma frase sem sentido, em meio do contexto desta música...de qualquer música.
O q pode interferir, esta evidente observação, em qq conversa q seja?

Pessoal, aí entra uma coisa, q ocorre nos poemas, nas músicas, nas artes escritas, em geral:
As metáforas.
Como se anda falando mto delas, vou me atrever a tocar no assunto...se eu falar bobagem, por favor, ñ (nunca!) façam cerimônia! Chamem a minha atenção..ñ fico brava, não: agradeço!

Se a gente for olhar o significado, no dicionário, de metáfora...capaz de ter uma overdose de palavras, q parecerão estar 'bem chapadas'...
Palavra pode ficar 'chapada'? Dá pra imaginar uma palavra qq fumando, cheirando?
Mas todos entenderam qdo eu disse isto, ñ entenderam?
Taí uma metáfora.
No dicionário, achei um outro exemplo, q serve de reforço:
'a juventude primavera da vida'.
Vida lá tem primavera?
Mas é compreensível a frase.
Só pensarmos na idéia q temos da estação 'primavera', e na da palavra 'juventude', para aceitarmos , (o q se chama de 'licença poética') e entendermos, o sentido da frase...E já imagina logo, q a velhice deve ser o inverno, até ! Raciocínio correto.
A metáfora ocorre, qdo usamos uma palavra ou frase, num contexto, q parece ñ ser possível ser o seu, mas q ela fará o favor de emprestar-se e participar dele, para significar o q precisamos. Por quê? Porque ela pode mostrar, de uma outra forma, mais simples, menos dura ou mais romântica, o q gostaríamos de dizer.
Dizer , então, q as flores de plástico ñ morrem, pode querer dizer muita coisa, imaginando, q esteja sendo usado como metáfora...
Pensemos nas flores de plástico.
O q há de diferença ou igualdade, mais gritante, entre elas e as flores naturais?
As de plástico não precisam de cuidados e ñ morrem.
As naturais , depois de arrancadas , precisam de cuidados constantes e, inevitavelmente, morrem.
Agora, coloquem no lugar das flores um sentimento qq, por exemplo um amor.
Ora, está-se dizendo, q cetos tipos de amor, precisam de cuidados, e mesmo assim, estão arriscados a morrer.
Mas há outros tipos de amor, artificiais (p.e.:os amores por mero interesse), q seguem de qq maneira,
além de manterem-se para sempre (mantendo as aparências).
Pode-se colocar, no lugar do amor, a amizade, e se fazer o mesmo raciocínio.Ou outro sentimento...
Deu? Alguém pode querer acrescentar algo...estou aberta para isto, gente.

Sabe pq me preocupo com estas coisas? Pq as músicas trazem, geralmente, uma mensagem, em seus bojos...Perde-se mto dela, caso ñ procuremos entendê-la.
E, a música vai trazer mais coisas aproveitáveis, às pessoas, q se dispuserem a decifrarem-na.

Uma melodia bonita para uma letra q nada quer dizer, ñ se constitui numa boa música.
Também, permutando-se isto, ñ se consegue ser mto feliz...

A música é a letra mais a melodia.
Uma deve complementar a outra.
Não dá pra ficarmos só com a melodia, falando asneira.
Também ñ dá para ficarmos com uma
linda letra, um poema, embalado por uma melodia pobre...

Podem me xingar. Podem me escrever e me dizerem para ñ fazer mais isto.


Carinho,
beijos,
Rachel.

Um comentário:

Rosângela de Souza Goldoni disse...

Acredito que a música e a letra se encaixam.
Tal qual "coqueiro que dá côco", eu aceito a liberdade de criação do poeta.
Dizer que "adoro" esta música, é forte demais.
Marisa tem produzido coisas bem mais interessantes.
Não sei o objetivo que o autor quis dar à letra:
- chamar a atenção do ouvinte ou simplemente "deixá-la rolar", levado pelo som.
Mas valeu o comentário da Rachel.
Bjs
Rogoldoni